Modelos de Aula

Modelo de aula realizada em abril de 2011

para crianças entre 6 e 10 anos

    AQUECIMENTO VOCAL E CORPORAL

Todos deitam e fingem que estão dormindo.
Começamos a acordar espreguiçando bem o corpo, fazendo vários tipos de sons de bocejo.
Levantamos e encenamos a preparação do café da manhã com o que cada um gosta.
Comemos, por exemplo, um pão com manteiga imaginário, movimentando a boca fechada como na mastigação, com uma espécie de vibração conhecida como hamming ou boca chiusa, trabalhando diferentes alturas musicais e a ressonância. Engolimos a saliva e bebemos nosso café estalando a língua - exercício também conhecido como língua dental.
    Colocamos o capacete, subimos na moto e a empinamos através da vibração dos lábios relaxados, conhecido como bilabial, com um som que lembra a pronúncia conjunta das letras BR. Montados na moto imaginária, vamos para a aula no Espaço Rio Carioca, onde nos encontramos, nos cumprimentamos e começamos uma cantoria. 

          CANTORIA
Sentados no tapete da cantoria, selecionamos algumas músicas infantis. Nesse dia, por exemplo, cantamos, entre outras a seguinte música:

O Anel
Bia Bedran

Perdi meu anel no mar
Não pude mais encontrar
E o mar me trouxe a concha
De presente pra me dar
Será que foi parar na güela da baleia
Ou será que foi parar no dedo da sereia
Ou quem sabe, o pescador
Pescou o anel e deu pro seu amor
Tirum tarudê, tirum tarudê
Tirum tarudê, tirum tarudê
Tirururu tirum, tiru tirum

tararararurê rarum

Sophia canta com o professor Felipe 

Experimentamos várias maneiras de cantar a mesma música: forte, fraco, rápido, lento.
     Depois o professor Felipe começou a explicar através de palmas o conceito de grave e agudo. Surgiram três tipos de palma: grave, com a mão batendo em forma de concha; agudo, com a mão batendo palma normal e estrela, que é mais a mais aguda e com a mão batendo com os dedos bem abertos. 

       PRIMEIRO JOGO
     Virados de costas, os alunos deveriam ouvir a palma e tentar adivinhar que tipo de som era aquele, entre grave, agudo e agudo estrela.

       SEGUNDO JOGO
Com os olhos fechados, posicionados lado a lado, os alunos deveriam andar em direção ao som da palma com o seguinte esquema:
·         Um passo bem curto em direção ao som de palma grave;
·         Um passo normal em direção ao som de palma aguda;
·         Um passo bem largo em diração ao som de palma agudo estrela.

Enquanto as crianças caminhavam em direção aos sons, a professora Izadora marcava o espaço com pegadas de papel relacionando as cores azul-grave, amarelo-agudo, laranja- agudo estrela. O professor Felipe batia as palmas de maneira a induzir o caminhar dos alunos para que se formasse um quadrado no chão.
     Ao abrir os olhos e verem as pegadas no chão, refizeram todo o caminho, conferindo do que se tratava cada cor. 

      TERCEIRO JOGO
    O espaço fechado pelas pegadas se transformou no nosso palco. Definimos uma porta para que alguém entrasse e propusesse um espaço através de uma ação utilizando um objeto desse espaço.
    Por exemplo, um banheiro. O primeiro aluno entrou pela porta imaginária e utilizou o chuveiro. O segundo entrou pela porta, utilizou o chuveiro e a toalha. E assim por diante, sempre de forma cumulativa.

       ENCERRAMENTO
Recolhemos as pegadas e sentamos novamente no tapete da cantoria para a nossa atividade de encerramento que vem sendo desenvolvida há algumas aulas.
Trata-se da combinação da canção popular “O meu chapéu tem três pontas” com uma coreografia bem simples para palavras-chaves da música: chapéu, pontas, três e meu. Conforme vamos repetindo a canção, essas palavras-chaves vão sendo suprimidas mantendo-se a coreografia e entrando no lugar delas o silêncio. Desta forma os alunos desenvolvem o chamado ouvido interno ludicamente.

Modelo de aula  realizada em maio de 2011
para alunos entre 6 e 10 anos:
AQUECIMENTO
Siga o Mestre. Organizados em fila, o primeiro propunha um movimento com um deslocamento pelo espaço que deveria ser imitado pelos restantes. Realizamos toda a atividade ao som de:

PÉ COM PÉ

Composição : Sandra Peres / Paulo Tattit
Acordei com o pé esquerdo
Calcei meu pé de pato
Chutei o pé da cama
Botei o pé na estrada
Deu um pé de vento
Caiu um pé d'água
Enfiei o pé na lama
Perdi o pé de apoio
Agarrei num pé de planta
Despenquei com pé descaço
Tomei pé da situação
Tava tudo em pé de guerra
Tudo em pé de guerra
Pé com pé, pé com pé, pé com pé
Pé contra pé
Não me leve ao pé da letra
Essa história não tem pé nem cabeça
Vou dar no pé / Pé quente
Pé ante pé / Pé rapado
Samba no pé / Pé na roda
Não dá mais pé / Pé chato
Pegar no pé / Pé de anjo
Beijar o pé / Pé de meia
Manter o pé / Pé de moleque
Passar o pé / Pé de pato
Ponta do pé / pé de chinelo
Bicho de pé / Pé de gente
Fincar o pé / Pé de guerra
De olelha em pé / Pé atrás
Pé contra pé / Pé fora
A pé / Pé frio
Rodapé / Pé 



APRECIAÇÃO MUSICAL
Distribuímos a letra da música, apresentamos seus compositores e escutamos acompanhando com o papel. Depois tiramos todas as dúvidas de cada palavra e falamos um pouco dos jogos musicais que o Palavra Cantada apresenta nessa música.

PREPARAÇÃO PARA O JOGO
ETAPA 1:
Todos deveriam colocar o pé em uma folha de papel em branco, contorná-lo com um lápis para depois colorir da forma que achasse melhor. Com os pés coloridos, conduzimos uma apresentação de personagens feita através de perguntas como:

Qual o nome dele ou dela?
Quantos anos tem?
Onde vive?
O que mais gosta de fazer?
O não gosta de fazer?

Simone tem 6 anos, mora na Ilha do Carnaval 
e adora comer macarrão de serpentina.
A partir da resposta dos alunos, perguntas mais direcionadas às especificidades de cada personagem criado eram elaboradas.

ETAPA 2:
Com a ideia mais concreta de quem eram aqueles personagens, distribuímos tinta guache. Se o primeiro suporte do personagem era o papel, mesmo que a partir do molde do pé de cada um, agora a personagem não volta para o pé, mas ganha um novo suporte, com mais possibilidades.  

Como o Fulano ou a Cicrana gostam de se deslocar pelo espaço?
Como ele ou ela fazem para pular carnaval?
Como a Fulana faz para cozinhar?
Cicrano toca bateria como?

IMPROVISAÇÃO
Fulano, Cicrano e Beltrano foram convocados para organizar uma festa para o presidente. Cada um foi chamado de sua cidade por suas qualidades individuais.
A partir deste comando realizamos uma improvisação da festa sendo preparada: decoração, comes e bebes, convites enviados, etc. Levamos provas ao presidente que escolheu os sabores das pizzas da festa.
A bateria do pé Cicrano quebrou pouco antes da festa e todos conseguiram consertá-la em tempo.
A festa em si, onde todos os pés-personagens dançaram através da movimentação desenvolvida para cada um o repertório por eles escolhidos.

RODA FINAL
Perguntamos a respeito das impressões da aula, o que foi mais divertido, o que foi mais difícil. Ouvimos mais uma vez a música “Pé com pé”, agora dançando livremente e nos despedimos.